Acabei de escrever um texto e não consigo defini-lo: se é
um diário, citações esquisitas, autoajuda a mim mesma ou disparates da minha
cabeça. O fato é que meu blog querido esta
entregue as moscas.
Estamos atravessando um momento inimaginável, que nunca poderíamos considerar, nem em nossos mais absurdos devaneios. O aparecimento do covid-19, com todas as suas consequências nos levou a essa quarentena forçada em nossas casas, com muita insegurança, desconfiança e até mesmo medo. Vivemos não só o medo do contágio como o medo do que está por vir. Sim, é terrível, mas não precisamos nos comportar como mensageiros do apocalipse vamos ter fé, pensamentos positivos e focar em coisas boas.
Por maior que seja a tentação de bater nos políticos ou gritar de raiva seja grande, é importante lembrar que NÃO existe fórmula mágica para lidar com essa pandemia, seja na saúde ou na economia. As duas coisas vão sofrer, e não tem mais como voltar. A humanidade aguentou doenças bem piores sem medicina moderna, vai escapar dessa, mas há um tempo para as coisas se equilibrarem. Quem quer que diga que tem uma saída rápida para isso está mentindo, mesmo que o tratamento experimental seja eficiente e a vacina surja em tempo recorde, ainda demora para essas medidas alcançarem a maioria.
Todo mundo é suscetível a ser contaminado e a transmitir o vírus, está em todo lugar: ele está no ônibus, no mercado, no elevador e qualquer um pode estar com o vírus - “A única forma de se proteger é ficar em um ambiente onde você tem o controle da sua exposição ao vírus, onde ele menos está presente, que, provavelmente, é a sua casa.
Entre medos, inseguranças e lampejos de esperança, descobri o bordado. Minha mãe é bordadeira de mão cheia, sempre admirei os trabalhos que ela faz, mas nunca me achei capaz, até o dia que uma amiga me convidou para um workshop de bordados. No inicio achei que não iria conseguir e confesso que sai bem frustrada da primeira aula. Com a quarentena entre uma arrumação e outra encontrei guardado linhas, agulhas e alguns bastidores e na mesma hora pensei vou bordar. Ainda estou aprendendo, mas já saiu algumas coisinhas e estou empolgada com a nova atividade.
Com a yoga eu aprendi que começos ou re-começos são sempre difíceis, e praticar yoga ou bordar é submeter-se a um estado de começo permanente. É aquilo que te faz entender que seus limites são seus, e que superá-los é um prato muito melhor de se comer quietinho, a sós, sem alarde.
Assim é a voz da ousadia
que atravessa confiante os mares de medos e inseguranças. Tudo em nome da beleza,
claro. Você ousa e vê que ficou bom. Se não ficou, puxa o fio e desmancha.
Crie. Recrie. Recomece.
Nossa
mente é poderosa, vamos elevar a frequência de nossos pensamentos valorizando o
bem, a saúde, a melhora de todos e, juntos, faremos uma grande corrente para o
bem.
Se cuide, fique em casa, mas não deixe de sorrir.