Exercitando a frugalidade

Viver frugalmente está na moda. Seja pela crise mundial ou pelo despertar de consciência sobre o consumismo, quem decide viver com mais desapego não precisa abdicar de tudo de bom que a vida tem para oferecer, mas deve passar a se preocupar em aprender a gastar com mais consciência e inteligência.

Tenho encontrado muito conteúdo em sites e blogs falando sobre frugalidade e hoje resolvi contar aqui um pouco da minha percepção sobre essa atitude. Quando comecei comecei a repensar meus hábitos de consumo, além de reduzir minhas despesas passei a viver uma vida com menos peso na consciência, nos armários e com mais leveza na alma. 
Pequenas atitudes todos os dias nos levam pra esse caminho. 
Primeiro temos que questionar a todo tempo nossas necessidades, depois temos que reduzir nossos luxos aos que realmente não conseguimos abrir mão, e por último temos que nos livrar de algumas coisas. Aprender a desapegar é buscar levar uma vida cada vez mais simples. 
Não é fácil confesso, mas podemos tentar buscar o equilíbrio entre o que se quer e o que se precisa. Cada um claro de acordo com seus valores pessoais, mas o importante mesmo é desenvolver uma consciência sempre alerta.
Exercitando o desapego - Aquiaqui e aqui.  

Mas confesso que nem sempre agi assim. Um problema que eu via nas minhas contas no passado é que eu me preocupava com grandes gastos e não refletia sobre os pequenos. Quando chegava a fatura do cartão eu via que a soma das ‘besteirinhas' era bem maior do que os grandes gastos que eu relutava em fazer. Só ficou claro quando comecei a controlar minhas finanças no detalhe passando a fazer um balanço ao final de cada mês. Percebi que é melhor segurar vários pequenos gastos com o que não preciso ao invés de cortar alguns gastos com o que me faz mais feliz. 

Nessa jornada até aqui vivo tentando manter-me num meio termo entre ser frugal e perdulária, sempre fazendo uma reflexão antes de comprar exercitando minha consciência. 
Não compro mais nada na hora por impulso, se tenho vontade de comprar alguma coisa pergunto-me se eu preciso realmente daquilo. Saio da loja dou uma volta e espero outro dia. Isso geralmente me mostra que estou apenas empolgada com o que quero comprar - um sentimento que geralmente me abandona após a compra. Quando minha reflexão é feita e ainda assim minha compra se justifica vou lá e compro (obviamente estou falando em valores que não vão fazer um rombo nas minhas finanças. Se estiver pensando em um imóvel, carro ou viagem cara, não é tão simples assim). Dentro do possível compro o que me dá prazer, mas sem ostentação. 

As coisas têm um fascínio poderoso sobre nós. Desejamos algumas ou várias coisas que o dinheiro pode comprar. A gente se acostuma a ter luxos que não precisamos e a gastar dinheiro com coisas que poderíamos viver sem. Então lá se vai o suado dinheirinho em celular último modelo, na troca do carro por um novo, na compra de um apartamento maior, naquela viagem fora de hora e cara, nas roupas que apareceram na revista, na TV, no restaurante top que você viu no Guia da Cidade. Então isto se torna um costume e você vira escravo do dinheiro.

Bom, no momento tenho feito as minhas contas, faço meus aportes poupo meu dinheiro, mas lembro que estou viva agora. A medida da minha frugalidade é economizar em coisas que não me fazem falta permitindo-me todo mês a abrir mão de mais uma coisinha. 

Prometo voltar aqui com mais dicas e descobertas sobre levar uma vida frugal, até porque implementar um orçamento e ver resultados tangíveis demora um tempo.

E você? Tem alguma experiência de desapego para contar? Escreva nos comentários!
E viva o caminho da frugalidade!


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