Em Santos daqui do meu canto posso observar navios que vêm e vão, numa ampla avenida líquida de águas irrequietas para o mundo.
No meu raio de observação avisto ao longe a estrada que se forma para a entrada do Porto de Santos, numa varanda no décimo andar de um prédio que ainda não foi encoberto pelos arranhas céus que se erguem rapidamente a cada dia. É fascinante vê-los passar e ouvir seus sons que banham a orla de uma das cidades mais antigas do Brasil.
Nunca morei numa cidade portuária, por isso reparo com detalhe na movimentação dos navios, suas cores e sons. O entra-e-sai no canal de acesso é constante e o som dos apitos é onipresente. Há quem nem os perceba mais, mas há também quem ainda se emocione com suas variadas forças e intensidades e ecos.
Como uma menina aberta a novidades a cada apito, corro pra janela para ver o que majestosamente vai passar. É sempre um momento de refletir, sonhar, imaginar, dar asas aos pensamentos e navegar.
Eles podem ser um sinal de adeus, no caso dos transatlânticos, ou uma medida de segurança— como fazem os navios mercantes cada vez que um ferry boat se aproxima. Descobri recentemente que os apitos dos navios não são meras buzinas, mas sinais definidos por uma complexa linguagem codificada internacional.
Agora, por exemplo, é a temporada dos cruzeiros. Ao longe avisto esses gigantes branquinhos que por onde passam despertam curiosidade, fascínio, desejo, encanto, mistério.
Aqui em Santos quando os cruzeiros estão ancorados todo mundo fica babando, colocando fotos nas redes sociais… Morrendo de vontade de estar lá dentro.
Aqui em Santos quando os cruzeiros estão ancorados todo mundo fica babando, colocando fotos nas redes sociais… Morrendo de vontade de estar lá dentro.
A saída de um navio não seria a mesma coisa sem o apito.
Enquanto os observo, sinto-me convidada a contemplar a natureza, a imensidão deste mar, o pôr do sol, o céu e tenho um encontro com comigo mesma, com meus pensamentos, com lampejos, com novas ideias, inspirações que surgem no movimento do oceano.
A possibilidade de se deixar levar para outros cantos do planeta, de acordar cada dia em um porto, em uma cidade, é um muito fascinante. Quem não gostaria?!
Parabéns Santos!Obrigada por me receber tão bem.
Algumas fotos foram retiradas do Google
e podem ter direitos autorais. Eu sempre tento citar a fonte, entretanto a
grande maioria das fotos que eu posto aqui ou são minhas ou de bancos de fotos (autorizadas).
A sua percepção é uma premissa de poucos. Parabéns 💕💐
ResponderExcluirQue lindo tudo isso. Realmente a beleza está nos olhos de quem as ve! Sua descrição faz com que eu sinta vontade de ver tudo isso. Os apitos dos navios consigo ouvir. É um som que dá saudades! Lindo! Adorei. Parabéns!
ResponderExcluirQue bela homenagem à Santos Portuária. Delícia de ler! Ouvi os apitos e até me imaginei num cruzeiro... Parabéns amei! bjs
ResponderExcluirQue delicia. Deu vontade de fazer outro cruzeiro. Adorei seu texto. Parabéns.
ResponderExcluirOi Ângela sabe que eu também nunca fiz um cruzeiro? Daqui posso vê-los desfilando e acho que uma hora dessas embarco num deles. Obrigada pela visita.
ExcluirOi, Yvone... Uma crônica poética! Que bela surpresa encontrei aqui!
ResponderExcluirJussara é sempre um presente sua visita por aqui. Fico feliz que tenha gostado. É apenas um olhar dentre tantos para o horizonte. Bj grande
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