Estantes eu gosto assim


Hoje, quero mostrar mais de pertinho o trabalho do meu amigo Dani (já mostrei aqui o aparador maravilhoso que comprei dele), ontem visitando a loja novamente, aproveitei para fotografar mais algumas da suas obras de arte.

Detalhes

O que mais me encanta neste tipo de trabalho, é como o artista encontra em cada galho a forma que aquele pedaço quer ter (ou sugere). Assim, não descaracteriza a matéria, não faz contorcionismos com ela; limita-se à intervenção mínima suficiente para dar-lhe uma nova vida, como nestas peças.
Além desse trabalho mais elaborado, a pedidos, o artista acabou de lançar uma linha de estantes organizadoras – a Empório das Estantes, onde utiliza madeira de reflorestamento como o pinus, eucaliptos e outros como também madeiras de demolição e reaproveitamento de materiais já descartados pela natureza e pelo homem. 
Dá uma olhada na página (também on line) Empório das Estantes
Ah, os preços são muito atraentes e ele faz em várias medidas e tipos de acabamentos.
Gostaria de esclarecer que não se trata de uma propaganda paga, estou divulgando aqui no meu espacinho porque as peças são muito bacanas mesmo. Eu indico.

Quem passa por aqui já percebeu que sou apaixonada por elementos quando ainda estão crus na natureza, para compor cantinhos, jardins e ultimamente tenho feito para presentear.
Todos os dias (exceto nos dias de chuva) enquanto faço minhas caminhadas encontro alguma coisa nova e fico admirando e penso: O que poderia fazer com isso?! 
Continuo exercitando essa paixão e rara tem sido as vezes que não encontre pelos caminhos elementos a espera de uma nova chance de vida.

Porque há esperança para a árvore que, se for cortada, ainda se renovará, e não cessarão os seus renovos. Se envelhecer na terra a sua raiz, e o seu tronco morrer no pó, ao cheiro das águas brotará, e dará ramos como uma planta nova. Jó 14:7-9

Linda semana a todos!

Exercitando o desapego

Imagem We heart it

Nunca se falou tanto em desapego como nesta última década. Na internet, na TV e nas revistas somos bombardeados por dicas e exercícios para nos ajudar a não acumular coisas, lembrando-nos da importância em abrir espaço físico e mental para o novo; eu mesma já escrevi aqui no blog várias reflexões sobre esse assunto.
Eu nunca doei e joguei tanta coisa fora! Tenho passado os últimos três anos em pleno processo de destralhamento e ainda tenho muitas coisas que não uso tomando conta de alguns espaços. Joguei milhares de coisas fora (doei, reciclei, vendi algumas) e acreditava que só o essencial tinha permanecido. Poucas e boas coisas esse também era meu lema. 
Quanto à questão pessoal, em relação a atitudes e hábitos, pensava estar relativamente bem resolvida. Aham... Ledo engano mesmo.
Em meus exercícios diários na tentativa de simplificar a minha vida descobri que jogar coisas estragadas ou velhas e que não servem mais, é só a ponta do iceberg, e ainda é pouco. Difícil é abandonar aquelas coisas novas e impecáveis que você não usa mais. Sabe aquele faqueiro maravilhoso com trocentas peças que você não usa há dez anos? Ou aquele móvel clássico e lindo que simplesmente não combina mais com seu novo estilo de vida, mas que você insiste em carregá-lo de casa em casa? Por que guardar essas coisas?

A cada dia que passa nessa fase de desentulhar-me descubro também que esta tarefa é muito mais difícil do que eu pensava e não é a toa que esse tema tem rendido boas e importantes discussões – de Budistas a ambientalistas.
Semana passada comecei juntar forças para encarar de forma mais prática os objetos de maior valor. E ai descubro que ainda não estou pronta para me desfazer de todas as coisas, algumas estão lá porque me fazem sorrir cada vez que olho para elas. Tenho consciência de que a casa não ficou cheia de tralha da noite para o dia (algumas coisas foram acumuladas durante uma vida inteira), nem ficará vazia tão rapidamente. O processo de desapego é diário, fazendo um pouquinho ali, um pouquinho aqui

Não sofro também por ainda sentir um aperto no coração quando percebo que tenho de me desfazer de determinados objetos. Só não quero que esse sentimento tome conta de mim com coisas do dia a dia que não possuem mais utilidade nem qualquer significado, principalmente porque tenho percebido que muitas coisas mantinha somente pelo hábito. Na verdade, desapegar-se de coisas materiais significa reconhecer que tudo o que se faz nessa vida é temporário e nada do que se possui aqui poderá ser levado quando você se for.

Não sinto falta de nada que descartei, não preciso mais das coisas para construir minha identidade, o que provavelmente fosse bem verdade quando era mais jovem. Então posso perfeitamente abrir mão delas. Até agora tenho conseguido.

Desejo que você encontre sabedoria ao lidar com os objetos que tiver guardado e já aviso que não é fácil. Trata-se de um exercício diário e muito emblemático. Hoje, começo mais um dia e estou exercitando me desapegar definitivamente da preguiça de sair para caminhar. E você? Quer se desapegar do que?

Almoço em família

Neste ultimo fim de semana consegui reunir os filhos e a família. Por sorte, o dia estava lindo; céu azul, sol na medida e perfeito para um almoço em família com um churrasco.

Para o acompanhamento preparei a mais tradicional maionese de batatas com maça, farofinha feita em casa, arroz branco, saladas verdes, frutas e para “formar” um pudim de leite daqueles com gostinho de casa de mãe mesmo - Mais sabor de infância impossível!

Para enfeitar nossa mesa e reencontro, plantei mudinhas de pimenta dedo de moça em vasinhos comuns (já que em breve precisarão passar para vasinhos maiores), embrulhei-as em folhas de jornal velho, e arrematei com fio se sisal e uma pimentinha seca para finalizar. Claro que a intenção era que todos levassem um vasinho para casa como lembrança.
Ah, não tenho palavras suficientes que descrevam a sensação desses encontros para mim, os filhos moram em outras cidades, minha filha em outro país... É sempre muito boooom estar próximo às pessoas que você mais ama, cuida e torce, a cada dia, para que encontrem a felicidade.

“A felicidade é uma coisa boa
E tão delicada também
Tem flores e amores
De todas as cores
Tem ninhos de passarinhos
Tudo de bom ela tem
E é por ela ser assim tão delicada
Que eu trato dela sempre muito bem”. 
Vinicius de Moraes


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