Hoje quero compartilhar uma idéia que surgiu quando por ocasião da mudança pela milésima vez revisitei os armários.
Quando a gente muda é inevitável olhar para tudo que se tem e tentar dar um destino para coisas que estão ali guardadas e que a gente não usa mais.
Esses dois porta talheres de renda do Ceará foram comprados há cem anos quando fui a primeira vez para Fortaleza. Ficaram encima desse aparador por um bom tempo enquanto eu pensava o que fazer com eles.
Apoiada no chão do lado do aparador estava uma prateleira de vidro temperado que usei em dezenas de lugares da casa; foi comprada pela primeira vez para ser prateleira no quarto dos meninos para livros e badulaques... Depois serviu de base para os pés da máquina de costura antiga, depois serviu de prateleiras encima da mesa do escritório...
Por fim quando comecei a pensar o que iria fazer para esconder a mancha do tampo do aparador (não sai mais, a não ser se pintar), tive a idéia de usar o par de porta talheres e mais algumas toalhinhas sem par e até meio furadinhas para esconder as manchas, coloquei o vidro encima e voilá, não gastei nenhum centavo e gostei muito do resultado.
Mancha
Vislumbrei imediatamente que dessa forma é possível usar como fundo para tampos e mesas manchados um caminho de mesa inteiro ou várias toalhinhas de crochê, um bordado, pedaços de rendas,tecidinhos e uma infinidade de outros materiais, até mesmo papel ou fotos.
Abaixo o aparador de MDF ganha ares de sofisticação com a découpage (guardanapos de papel) floral em preto-e-branco pap aqui
Com retalhos aqui
Garimpar restos de rendas em lojas e armarinhos, peças antigas como vestidos de renda, anáguas, saias de baile, bolsinhas de mão feita de palha e acessórios saídos do baú da vovó fazem sucesso. Sem dúvida, os brechós são os melhores lugares para quem busca originalidade.
Coisas exclusivas ou de época tanto faz, mas todas com significados, cheias de histórias que certamente parecerão mágicas e encantadas.
Invente a sua!
O tempo não pára! Só a saudade é que faz as coisas pararem no tempo...
Mário Quintana