Olá amigos, leitores, anônimos...
O blog Casas Possíveis esta no ar desde outubro de 2008 e nasceu da vontade de compartilhar tendências, experiências profissionais e pessoais voltadas para o público em geral (embora o feminino seja maioria leitora) interessado em organização e bem estar para curtir o lar. Numa linguagem simples e direta procuro expor idéias praticas sustentáveis, bonitas e que principalmente caibam no bolso.
Quem acompanha o blog sabe que venho praticando o DESAPEGO já há algum tempo.
O fato é que quando comecei o destralhe a dar vender e jogar coisas fora parei totalmente de comprar qualquer coisa nova pra mim ou pra minha casa que não fosse realmente necessária. Comecei a pensar mais em tudo o que eu tinha por que eu tinha e se precisava ter ou não.
Muita coisa que era absolutamente natural na minha vida mudou e hoje não cabe mais na minha caminhada.
Algumas coisas mudaram de forma mais repentina, mas muita coisa passou por um processo de amadurecimento da ideia e depois se consolidou até tornar-se um hábito. Contei algumas passagens aqui no bloque.
Confesso a vocês que não só coisas ficaram para trás e que a caminhada é mais solitária do que parece e por isso tive que me desapegar de muitas pessoas também.
Me auto-proclamei minimalista e comecei a viver de acordo com os meus próprios valores e crenças.
No trajeto até aqui até aqui já me livrei de muita coisa — e mais importante ainda deixei de comprar MUITA coisa –, mas ainda tenho um longo caminho pela frente.
Ainda luto para me ver livre de barulhos, de luzes fortes, de cores berrantes, de odores químicos, de revestimentos sintéticos....
Posso dizer que aos poucos a minha vida fica mais leve a casa vai se transformando num lugar onde as coisas em volta têm verdadeiramente um sentido. Amanhã posso arrumar uma mochila deixar tudo pra trás e me mudar pra qualquer lugar e continuarei sendo eu, muito feliz obrigada.
Mas não é fácil nem é rápido — pelo menos não se você como eu tiver passado mais de 30 anos acumulando coisas. E tem horas que dá um desânimo diante da quantidade de tralha que aparece da trabalheira que é olhar coisa por coisa, do cansaço emocional que é se desfazer de certos objetos (depois passa fiquem tranquilos, mas é cansativo).
Namastê! E bom destralhe pra todo mundo!
Agradeço sua visita, amizade, carinho e a todos os comentários deixados aqui ao longo desses anos.
Yvone Pereira